segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Uma breve história do Alto Vera Cruz

Onde se localiza hoje o Bairro Alto Vera Cruz, havia, no passado, fazendas pertencentes às famílias Necésio Tavares, Marçola e Jonas Veiga. Partes dessas terras foram vendidas para a Comiteco e posteriormente para a Ferrobel (Cia Mineradora de Belo Horizonte), que deveria promover a urbanização do lugar. Como isso não ocorreu, a área ficou abandonada e degradada ambientalmente. Apesar disso, era bem servida pelas águas limpas e abundantes do córrego Santa Teresinha, que nessa época era margeado por uma densa mata.
Em 1950 iniciou-se a ocupação da área que não contava com nenhuma infra-estrutura ou saneamento básico. Porém, só na década de 60 é que o povoamento se intensifica com a chegada de trabalhadores provenientes da construção civil. Nessa época, o único meio de acesso ao local era o trem que vinha de Sabará, a “Maria Fumaça” e a “jardineira” que passava na rua Leopoldo Gomes com Caravelas. Os moradores costumavam andar a pé até o bairro Horto para pegar o bonde.
Hoje, com cerca de 90 mil moradores, o Bairro Alto Vera Cruz possui uma vida cultural muito rica e diversificada, com locais como o Centro Cultural Alto Vera Cruz -CCAVC, Centros de Vivência Agroecológica – CEVAE, o Centro Integrado de Atendimento a Criança e ao Adolescente (CIAME), o Núcleo de Apoio à Família (NAF) que encaminha jovens para o mercado de trabalho e diversas outras associações comunitárias, algumas surgidas no início do processo de urbanização da área. No final da década de 80, a comunidade do Alto Vera Cruz já contava com sete associações, projetos e grupos de esporte e lazer.
Na área cultural destacam-se o Grupo de Rap NUC, as Meninas de Sinhá e, mais recentemente o Grupo Netinhas de Sinhá, que garante o resgate cultural no qual a geração mais velha passa às gerações mais novas o conhecimento, a experiência, os valores e a cultura dos seus antepassados.
As Meninas de Sinhá
O grupo Meninas de Sinhá foi criado em 1998, por Valdete da Silva Cordeiro, então líder comunitária no bairro Alto Vera Cruz, mas suas raízes remontam ao final da década de 80, quando surgiram os encontros sociais do projeto Lar Feliz. Movido, em grande parte, pela preocupação e pelo idealismo de Dona Valdete, o projeto buscava entender os problemas comuns, carências e angústias das tantas mulheres que vivem na comunidade. Nos encontros semanais foi nascendo a vontade de cantar, dançar e relembrar antigas cantigas de roda, cirandas e brincadeiras infantis, o que se transformou no principal objeto artístico do grupo: a preservação da memória e a difusão da cultura popular. Formado por mulheres com idades que variam de 40 a 90 anos, o grupo Meninas de Sinhá é, hoje, uma referência cultural em Minas Gerais.
As Meninas de Sinhá já se apresentaram em diversas cidades do estado, em São Paulo e até em Cuba. Participam também de projetos educativos com cursos e oficinas e, desde 2004, da Rede Telemig Celular de Arte e Cidadania.
O grupo NUCNegros da Unidade Consciente, surgiu com a proposta de trazer a identidade do negro à periferia: “a idéia é de agregar vários valores como a negritude, união e a consciência. A proposta não é só trabalhar com arte, é também uma proposta de conceito, coletividade, de sempre abrir pra debate e discurso a partir do NUC. E como referência, nós temos um trabalho feito na comunidade que é o GC.NUC (Grupo Cultural NUC). Este é um trabalho de capacitação e formação na área cultural para pessoas de comunidades economicamente pobres. Considerando que existe um trabalho artístico e cultural dentro destas comunidades, vemos que é importante contribuir no desenvolvimento destas comunidades como forma de qualificar os trabalhos feitos por eles, promover a inclusão social através da informação e dos acessos aos meios que possibilitem esses objetivos”.

Fonte:
- Wikipedia - wikipedia.org/wiki/Alto_Vera_Cruz_(Belo_Horizonte)
- CEVAE – Diagnostico Sócio-ambiental do Alto Vera Cruz, BH, 1996.
- Texto de aula da professora Marilene, História, Emip.

- http://www.overmundo.com.br/agenda/meninas-de-sinha-resgatam-cantigas-de-roda-no-stereoteca
- Entrevista do grupo NUC concedida a Negra Rô, em 10/04/2006, para Real Hip Hop, no site:
http://www.realhiphop.com.br/index.htm
http://www.duo.inf.br/empresa_nossosclienteseparceiros.asp

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O andamento da cartografia dos sentidos na Emip


Os alunos manipularam plantas antigas da escola e compararam com os espaços hoje modificados e elementos do seu quotidiano. Inicialmente, fizeram um reconhecimento do entorno e dentro da área da Emip com a professora Valéria e, posteriormente, o desenho do caminho percorrido diariamente de sua casa até a escola. Foram orientados a colocar o nome das ruas e os pontos de referência (através de símbolos) , bem como a legenda, para que sua casa possa ser localizada. Observaram o bairro em que a escola se insere, reconhecendo e representando na planta seus principais atributos, estabelecimentos, problemas, etc. Os desenhos livres foram tranpostos para o editor de imagens Gimp e constam de um album organizado por Valéria.
Na aula de matemática, foi pedido aos alunos, pela professora Mariana, uma classificação dos seus locais preferidos, dentro e fora da escola. Com os resultados tabulados eles elaboraram gráficos diversos. O desenvolvimento do projeto Cartografia dos sentidos tem procurado ampliar o campo de percepção do aluno, estimulando outros sentidos no reconhecimento do espaço geográfico.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Notícias do Projeto Cartografia dos Sentidos

Olá pessoal,
Temos novidade no Lab de Informática: os alunos já fizeram os seus blogs individuais, já estabelecemos as normas éticas de publicação na Internet e agora estamos pesquisando material fotográfico para montarmos o fotolog da Escola Municipal Israel Pinheiro. Estamos resgatando a história da EMIP através do registro fotográfico dos eventos e projetos desenvolvidos nos seus 30 anos de existência, como também através de depoimentos de pessoas que acompanharam a sua trajetória. Os levantamentos estão sendo realizados e gravados pelos próprio alunos e os resultados serão consolidados em um mapeamento através de registros em vários suportes: sonoro, audiovisual, fotográfico e escrito, de acordo com a sua percepção.